Mykonos

Itália!
Berço do Renascimento
Pátria dos grandes
Intermediários
De Deus
Que legaram
Belos afrescos
Maravilhosas esculturas
Grandes descobertas

Onde o homem
Enfim entendeu
Que a Terra é uma bola
Suspensa no vazio!
Onde a palavra
De Deus
Foi pregada
Mas não obedecida!
Pátria
Dos meninos
Que viveram
Na casinha branca
Perdida no meio do nada
E aprenderam a amar!

Quando
Os bárbaros invadiram
Seu novo País
Fugiram
Buscando sossego
Em um novo solo…
Ou melhor,
Uma ilha inóspita
Totalmente inexplorada
Mas sabem quem partiu?
Todos juntos…
Pois se um não fosse
Ninguém ia!

Enfrentaram
Chuva intermitente
Tempestades
Frio cortante
Quase ao relento…
Mas venceram
Juntos prosseguiram
Juntos plantaram
Juntos progrediram
Juntos oraram

O pai de Constantinopla…
O menino Lucas
Perdeu a memória
E se afastou da família
Mas quando se reencontraram
Foi festa
Que não acabava mais
Aí nasceu Percílio!
Um misto de curandeiro
E amigo fiel
Recebeu Anita e Sibila
Despediu-se de Anita
Aos prantos…
Duvidou da bondade de Deus!

Mas os meninos que
Com ele aprenderam a amar
Disseram:
Percilio,
O Grande Deus levou sua filha
Porque a amava
Você tem que
Entender que
Ela jamais nos abandonará!

E assim,
A vida prosseguiu
Vivendo nas cavernas
Tirando o sustento
Da terra e do mar
E orando… orando muito….
Para que jamais
Deixassem de se Amar!

Poeta Estelar
by Elza Horai


O texto abaixo faz parte do Livro “A Caminho da Redenção”, elaborado no Alto por Dez Espíritos de Luz, entre eles Suyê Suzuki e Mitsuko Horai. Recebido no plano terrestre por Elza Horai, médium Cristã e integrante da Família Silva. Para melhor entendimento deste texto e da Poesia acima, sugerimos aos internautas que estão acessando este blog pela primeira vez que leiam os posts referentes as poesias “Família” e “Lentas Conquistas”.
“Esta segunda vida se passa na Grécia, dos grandes pensadores, se iniciou no fim do Século IV AC. A comunidade não passava de uma pequena vila, com aproximadamente cinquenta moradias sustentadas por rochas, ou seja, eram “verdadeiras” cavernas incrustradas em uma montanha rochosa da era paleolítica. A localidade se situava em Mykonos, uma pequena ilha pertencente ao arquipélago que forma a Grécia.
A família de Lucas era numerosa, seu pai e sua mãe se instalaram na ilha, fugindo de invasões de bárbaros que assolavam as regiões próximas à cidade de Verona, localizada no norte da Itália. Chegaram acompanhados de dois filhos pequenos: Joninho e Mirla, além de amigos próximos, cinco primos casados e suas respectivas esposas e filhos. Lucas, Mariane, Cirilo e Lêntulo; nasceram em Mykonos.
A vida de início foi uma luta sem fim pela sobrevivência. No primeiro ano, passaram praticamente ao relento, em pequenas cabanas de pau a pique, cobertas por folhas de palmeira. Depois de um certo tempo, Jonas, o pai, encontrou estas formações naturais e todos se instalaram da melhor maneira.  Eram tantos orifícios na rocha, que foi possível, cada família ocupar um deles separadamente. Assim a comunidade cresceu, arando a terra, plantando algodão, milho, feijão, lentilhas, mostarda e pescando no Mar Mediterrâneo.
Ao todo, o casal Massina – Jonas e Maila – trouxeram ao mundo dezesseis crianças, mas apenas seis sobreviveram. A vida precária, a má alimentação, a falta de higiene, contribuiu para que tal quadro se delineasse. Não havia mão de obra excedente, portanto o trabalho infantil era de suma importância. Lucas, nosso personagem principal desta vida, nunca contestou esta regra mantida com rigidez, por Jonas filho. No fundo, ele sempre carregou consigo a vontade de descobrir mais, olhava o mar e pensava: – O que existe atrás desta linha que vejo ao fundo? Será um abismo? Será outra terra igual a esta?
Nunca chegava a nenhuma conclusão. Certo dia, após trabalhar a terra, aborrecido, aventurou-se a caminhar sem destino, acompanhando a costa, rumou em direção ao sol que se punha, andou… andou… andou… sem pensar que anoitecia, sem se preocupar com a apreensão que tomaria conta de sua família. Após a noite inteira de caminhada, deitou-se sobre uma pedra para descansar, horas se passaram, só acordou quando sentiu sua pele queimar sob o sol escaldante. Abriu lentamente os olhos e se deparou com uma imensa embarcação, a maior que já tinha visto, as velas tremulavam ao sabor do vento norte.
Lucas ficou longos minutos observando hipnotizado, como se ela fosse um grande palácio flutuante que levasse as pessoas a descobrir o que havia além da linha do horizonte. A seguir, levantou-se e correu em sua direção, ao se aproximar o suficiente, viu vários homens carregando víveres, metais, fardos de algodão e atravessando uma pequena tabua elevada que ligava a embarcação a areia da praia. Colocavam a carga no convés da caravela e voltavam para apanhar mais. Seus olhos acompanhavam o movimento com muita atenção, fixavam-se em um estivador e acompanhava-o durante todo o trajeto, isto se repetiu inúmeras vezes, até que toda a carga estivesse acondicionada e a embarcação partiu.
Só agora Lucas percebeu que aquele local era totalmente diferente de onde ele morava, via mulheres e crianças com aspecto doente, sem alegria no olhar. Espantou-se com a degradação visível em todos os cantos aos quais pousava seus olhos, desejou voltar para casa, mesmo porque a fome já o incomodava. Tentou pedir auxílio a alguns estivadores que cruzaram o seu caminho, sem sucesso. Resignado, sentou-se no chão, ao lado de um grande depósito de milho, colocou a cabeça entre os joelhos e chorou copiosamente. Não tinha a mínima ideia do que fazer, sabia como voltar para casa, mas não queria, com certeza seu pai e seu irmão, ambos de nome Jonas, o repreenderiam e talvez o abandonassem à mingua, como era costume na época. Castigar os filhos rebeldes que não queriam trabalhar.
Ele era um menino muito obediente, durante estes últimos dez anos de vida, nunca havia contestado as ordens de seu pai e de seu irmão mais velho, este, muito mais intolerante e cruel, e na verdade quem comandava a dura rotina imposta a todos, tinha vinte e dois anos, cinco filhos e desde os doze anos já assumira esta postura dura e arrogante. Seu pai e sua mãe jamais o contrariavam, o mesmo ocorrendo com seus irmãos, excetuando-se Lêntulo, que com quase sete anos, se recusava terminantemente a ir com toda a família trabalhar a terra. Maila – a mãe – pediu para que Jonas filho tivesse um pouco de paciência, pois ele ainda era muito pequeno e logo entenderia que precisava ajudar. Isto o deixou muito contrariado porque achava que com isso perderia sua autoridade com as outras crianças que completariam seis anos, inclusive três de seus filhos. Maila praticamente o escondia dentro de casa para não provocar a ira de seu filho mais velho.
No dia que Lucas fugiu, tinha sido escorraçado por seu irmão porque havia deixado cair um cesto de algodão no chão. Jonas o esbofeteou sem dó, não deixando ao menos que Lucas se retratasse. Esta era a atual situação, não podia voltar, não podia ficar neste lugar degradante, e se ao menos, pudesse escondido pegar uma embarcação e partir; mas nem isso podia fazer, pois não havia mais nenhuma ancorada no porto. Decidiu então embrenhar-se na mata que descortinava atrás de uma plantação de trigo. Novamente se pôs a caminhar, cada vez mais se afastando da orla marítima; após três horas, pulando galhos, caindo em crateras, viu uma pequena casa construída com galhos, folhas de palmeira e argila. Uma abertura no teto soltava algumas nuvens de fumaça escura, indicando que alguém habitava aquela humilde residência.
Lucas se aproximou receoso, mas a fome e a vontade de compartilhar sua angustia o fizeram chegar até a porta e bater. De início, não percebeu qualquer movimento, mas de repente, sentiu que alguém o observava ao longe. Lucas sentou-se no chão exausto, pendeu os braços e pronunciou as seguintes palavras: – Vim em paz, preciso de ajuda!
O barulho vindo da mata se intensificou e quando Lucas pousou os olhos de onde ele se originava, viu um homem e uma mulher. Ele, de aproximadamente quarenta anos, barbas longas e aparência tranquila. Ela, bem mais jovem, com roupas descuidadas, cabelos presos por um grande rabo que fazia com que balançasse enquanto ela se movimentava. Vagarosamente eles se chegaram até o menino, quem primeiro se manifestou, foi Claudius, o feiticeiro, como era conhecido no porto e em localidades próximas. Ele perguntou: – O que você deseja?
Lucas lentamente se levantou e quando ia pronunciar o que o trazia até aquela casa, sentiu seus joelhos dobrarem, sua cabeça girar e a dor lancinante que em seguida tomou conta de seu rosto, pois sentiu uma forte tontura, perdeu o equilíbrio e bateu a testa em uma pedra, de imediato perdeu os sentidos. Claudius e Sara o socorreram, levaram-no para dentro da cabana, mas durante três dias não recobrou os sentidos.  Claudius banhava sua testa com infusão feitas com folhas de malva.  Mas nada parecia fazer efeito, ele apenas respirava, não se movia. Era alimentado com leite e chás.
No quarto dia, Lucas lentamente abriu os olhos, olhou ao redor e não reconheceu absolutamente nada, pousou seus olhos sobre Sara e disse: – Quem é você? Que lugar é este?    Sara não se conteve de tanta alegria, abraçou-o e disse : – Menino, você apareceu em nossa casa a quatro dias, desmaiou, bateu a cabeça e ficou todo este tempo dormindo.  Qual o seu nome?
Lucas olhou para ela tentando responder àquela pergunta, mas nada, absolutamente nada lhe vinha à cabeça, parecia que ela estava totalmente vazia, isenta de qualquer informação.  Apenas lágrimas escorreram de seus olhos.
Quando Claudius chegou, tentou insistir em buscar lembranças, em vão.  Lucas havia perdido  totalmente a memória, não sabia quem era, de onde vinha, nada.  O casal decidiu acolhê-lo, pois não tinham tido filhos, apesar de já conviverem a mais de dez anos.  Os dois sabiam, intuitivamente, que o menino não tinha batido em sua casa por obra do acaso.   A partir daí nova vida se iniciou, chamaram-no de Nael, e o transformaram no filho que nunca tiveram. Lucas aprendeu rápido a pescar e a preparar infusões com folhas e remédios feitos com minerais, associados a vegetais e raízes.
Aos dezessete anos, casou-se com Mirtes, uma sobrinha de Claudius.  Um dia, quando foi até o Porto vender os remédios que preparava com Sara e Claudius, se encontrou casualmente com Jonas pai e Cirilo seu irmão, eles tentavam vender algumas camadas de algodão. Quando ficaram frente à frente, Jonas o reconheceu de imediato e no momento que gritou Lucas e o abraçou, tudo voltou à mente de Nael, como um passe de mágica.
A partir daí nova reviravolta na vida do rapaz, que nesta época já era pai de sua primeira filha:  Sibila. Durante vários dias, recordou cada detalhe da vida como Lucas e a cada lembrança que lhe vinha a mente, sentia-se expectador de sua própria vida, ficou sabendo que seu irmão Joninho havia falecido, logo após ao seu desparecimento, totalmente desequilibrado. Mas mesmo assim, tinha a impressão que não havia nenhum laço afetivo com sua antiga família. Isto mudou, quando finalmente pode abraçar seu pai, seus irmãos, primos e tios. Na manhã do dia memorável, mais marcada por um triste acontecimento, ele decidiu que tudo seria novamente reconstruído, traria sua esposa e filha para morar na Grande Pedra ao lado dos seus, mas que um novo homem assumiria a identidade de Lucas e Nael : Percílio(*). Ele escolheu este nome porque sempre lhe pareceu muito familiar, mesmo na época em que estava desmemoriado.
Sara e Claudius ficaram arrasados com a decisão de Nael de mudar-se para a comunidade de seus pais, mas respeitaram o desejo do filho que passaram a amar como se fosse deles. No dia marcado para mudança, a esposa Mirtes descobriu que estava grávida da  segunda filha do casal: Anita. A menina nasceu cercada de cuidados, era muito frágil e parecia que não iria sobreviver. Desde a primeira vez que a tomou nos braços, Percilio teve a sensação que já a conhecia, tal o enlevo e o carinho que sentiu por ela. Jonas pai, o avô, a carregava para todo lado e muitos vezes flashs de um passado longínquo insistia em invadir sua mente. Se via brincando com uma menina um pouco maior, mas que ele sentia ser a mesma Anita. A colocava nos ombros e dizia: – Quando papai voltar de viagem vai trazer muitos brinquedos feitos por artesões que moram em países distantes. Ele piscava fortemente os olhos e tudo desaparecia como um passe de mágica.
Esta vida marcou novamente o encontro de Aimanon e Suzana, vestindo os corpos de pai e filha.  As amigas novamente se encontraram e resgataram os últimos anos de convivência em Constantinopla, onde Catarina cumpriu sua promessa, feita no momento da morte de seu irmão Aimanon. Toda a antiga família novamente se encontrou nesta vida – excetuando Artur, o Sacerdote; sua esposa Claudia; seus filhos Nuno, Miguel e Isis; Ruan filho de Aimanon; Linizia e Laila – que só se encontraria com Suzana na próxima vida; Armanide prosseguiu cuidando e amparando sua mãe.  Todos os outros personagens da vida em Constantinopla, retornaram, a grande maioria vivendo nas cavernas da antiga localidade de Semiris, na Ilha de Mykonos.”

(*) Percilio ou Aimanon Constantinus Crione pede a palavra:
“Cada vida é uma repetição de sentimentos e atitudes, se forem adequados, a lembrança trará saudosas recordações, se ao contrário, sentimentos vis e atitudes desprezíveis trazem desconforto e rejeição. Todos, em alguns ínfimos do tempo presente já tiveram experiências desta natureza. O avô que acalenta a neta tem uma grande possibilidade de trazer memórias aparentemente perdidas ao longo das existências pretéritas. Isto porque, toda vez que sentimentos nobres, canções de ninar, atitudes de acolhimento são vivenciadas, o Universo interior se abre, presenteando o encarnado com estas lembranças.
Cada um, ao longo de uma vida terrena, tem pelo menos uma recordação desta natureza. Os Cristãos que trazem para sua vida terrena o espelhamento das atitudes de Nosso Senhor Jesus Cristo, comumente se veem imersos em lembranças que sabidamente não ocorreram nesta vida. As lembranças amargas sofrem o mesmo mecanismo, elas são resgatadas nos intervalos onde o encarnado ultrapassa momentos de enlevo, doação e amor. É um sinal que muito tem a ser feito. Reajustes urgentes aguardam para serem iniciados. Quem não se cerca de boas atitudes e bons sentimentos jamais é premiado com recordações desta natureza.
Nos dias de hoje, com a aproximação do final dos tempos, ou seja, a separação do joio do trigo, este é um fato que está ocorrendo corriqueiramente, Espíritos de Luz estão mais próximos do Planeta e proporcionando sinais nunca antes recebidos. A sensação que atinge todos aqueles que se propõem a analisar suas atitudes e pensamentos e transformá-los, caso seu livre arbítrio aponte para este caminho, é Universal. Em todos os países de todos os Continentes, este é um fenômeno concreto. É uma oportunidade de realinhamento nunca antes concedido.
Hoje, 24/01/16, um texto contundente, assinado por mim e por meu amigo Poeta Estelar, foi publicado neste mesmo veículo de comunicação sob o título “O Poeta Estelar Esclarece”. O motivo deste esclarecimento, é que além dos eflúvios de amor vindos do Plano Celestial estarem  atingindo o Planeta com mais robustez,  a Lei de Ação e Reação está sendo aplicada com a rigidez carinhosa típica de nosso Pai Celeste. Nada mais ficará encoberto, tudo será esclarecido com a luz da justiça Divina.”

 

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