Constantinopla

E Deus começou
A direcionar
Ao Planeta Terra
Seus novos habitantes…

Todos
Com um único objetivo:
Aprender a Amar
Homens e mulheres
Que formariam lares
E trariam
Inúmeros descendentes

Todos
Com um único objetivo:
Aprender a legar
Aos seus filhos
A capacidade de Amar

Alguns alocados no Oriente
Outros no Continente Europeu
Os demais em localidades
Tão distantes…
Que a comunicação
Se tornava impossível
Foi o caso de uma brava família
Que foi parar em
Constantinopla
A esquina do mundo…

Nossa! Mas lá o comercio fervilhava!
Não onde morava a família Crione
Longe de tudo
Do mar
Da cidade mais próxima
Tudo tão distante
Que era preciso
Horas de caminhada a pé!

Mas o amor?
Ah!! O amor
Bailava ao redor da
Casinha branca
E janelas azuis
Crianças correndo pra todo lado
Cabras mugindo
Flores e mais flores
Plantadas com todo amor
Pela dona da casa!

E pasmem!!
Uma moça rica
Esta sim,
Morou em Constantinopla
Cercada de todo luxo e mimos
Mas porque agora
É a dona
Desta casinha branca
Perdida nos confins do mundo?

Ora, é o amor…
Olhou para seu primo
Viu a bondade
Através de seus olhos negros
E não teve dúvidas…
Casou-se com ele!!
Jamais se arrependeu

O casal viveu feliz
Por muito tempo
Trouxe ao mundo
Doze crianças traquinas
Meninos e Meninas
Que dentro da casinha
Pequenina
Aprenderam a Amar
E quando partiram
Espalharam o Amor
Por todos os rincões
Onde passaram

E hoje,
Todos eles
Sem uma única exceção
Prosseguem
Ensinando
Aos seus
Filhos
Netos
Bisnetos
Sobrinhos
Primos
Irmãos
O que aprenderam
Na casinha pequenina
Perdida no meio do nada
O Pai…
Coordena tudo do Alto
A mãe…
Chora
Cada vez que se recorda
Daquela vida simples
Mas recheada de Amor!

Aimanon
Ajuda Suzana
Que ajuda Laila
Que ajuda Armanide
Que ajuda Artur
Que ajuda Minélus
Que ajuda Mirla
Que ajuda Rafael
Que ajuda Ruan
E assim
A roda do Amor
Não para de crescer
Resiste a
Vidas…vidas…vidas…
E sabem por que?

Porque o jovem pescador
E a menina rica
Não mediram esforços
Para ensinar a seus filhos
O quanto Deus é misericordioso
O quanto Deus é amigo
O quanto Deus ampara
O quanto Deus perdoa

E as crianças
Aprenderam tão bem!
Que hoje
Em pleno Século XXI
Passados mais
De dois mil e quinhentos anos
Daquela vida simples
Mas recheada de Amor
Continuam
Acreditando
Neste Deus maravilhoso
Que fala direto
Ao nosso coração!

Poeta Estelar by Elza Horai


“Aimanon Constantinus Crione(*), o personagem principal desta primeira vida, nasceu no ano de 540 AC, viveu por trinta e oito anos na Vila de Lygos, exatamente no local, onde séculos depois surgiu com todo o esplendor a cidade de Constantinopla, hoje denominada Istambul. O local onde Aimanon e sua família viveram, era uma pequena vila de pescadores espalhada ao longo da margem de um dos afluentes do Rio Eufrates, que hoje está prestes a desaparecer. Os antigos chamavam aquela região de Fers du Nile, porque acreditavam que era uma extensão do grande rio que banhava o norte da Africa, pois na época, não se tinha noção do que havia ao redor das localidades habitadas. Então, para melhor entendimento, Aimanon e sua família viviam em Constantinopla, às margens do Rio Nilo, próximo ao Mar Mediterrâneo, a grande ligação entre os povos antigos que viveram naquela época.
Ele se casou aos dezesseis anos com Suzana, sua prima. Os dois se apaixonaram a primeira vista, mesmo sendo de condições sociais totalmente diferentes. Suzana era a única filha de Nuno, um rico mercador que tinha muitas terras e uma esquadra de navios pesqueiros, que também servia de sustento para muitos membros de sua família, como seus irmãos Elias e Percílio, seus sobrinhos Rafael e Rubens.
Nuno e sua esposa Adelaide tiveram oito filhos, sendo sete homens e Suzana, ele fazia questão absoluta que todos eles fossem educados por professores, trazidos até mesmo da Grécia, para ministrar aulas de matemática, lógica, filosofia, anatomia e teologia a todos os filhos, inclusive sua filha. Nesta época, as mulheres não tinham oportunidades tão diversas como esta, geralmente eram criadas para se casarem com homens trabalhadores que as sustentassem. Aprendiam a cozinhar, costurar, bordar, cuidar da casa – tudo que se referia a ser uma boa mãe e esposa.
Com Suzana foi diferente, tanto seus pais como seus irmãos sempre a conduziram a ter discernimento e expressar sua vontade e opinião. Foi o que ocorreu quando completou quatorze anos e seu pai recebeu a solicitação de acolher a solicitação de Justos, filho de um grande amigo, de desposar sua filha. Ele ficou feliz por Suzana ter sido escolhida por um rapaz inteligente e trabalhador, mesmo não tendo completado dezoito anos, era proprietário de grandes extensões de terra, herdadas de seu avô materno.
Como era costume na época, jamais os pais impunham este ou aquele marido para suas filhas, a partir do pedido do interessado, eles consultavam as jovens e eram elas que decidiam, mas geralmente aceitavam, levadas pelo medo de não serem mais escolhidas ou pela condição financeira do pretendente.
Neste caso, ocorreu o contrário, Suzana se negou a casar-se com Justus, dizendo que não estava preparada, queria estudar mais e sentia que não seria ele o pai de seus filhos. Após alguns meses, um novo pedido, desta vez de Minélus, seu primo, filho da irmã de seu pai, Croele. Nova negativa, mas desta vez ela confessou a Nuno e sua mãe que só se casaria se fosse com Aimanon, filho de outra irmã de seu pai, Linizia, a caçula de quinze irmãos.
Neste dia, Nuno estava de partida para uma longa viagem de pesca e negócios, não deu muita atenção as palavras da filha. Imaginou, que quando voltasse, ela já teria esquecido aquele capricho de criança. Afinal, Aimanon era filho de Simeão, um agricultor que trabalhava de a sol sol para sustentar sua mãe, sua esposa e sete filhos. Era o mais velho dos meninos e tinha mais ou menos a mesma idade de Suzana, e por enquanto, sem condições de sustentar sua própria família. Nuno e Adelaide aceitaram a recusa de sua filha em se casar com Minélus e não levaram em consideração, por hora, sua afirmação que amava Aimanon e só se casaria se fosse com ele.
Nuno partiu com seus irmãos e sobrinhos, enquanto Aimanon e sua família levava um grande baque. Simeão faleceu vítima de exposição continua ao sol, ou seja, câncer de pele – doença desconhecida na época. Linizia, sua mãe e Celina, sua avó, desesperadas, com medo de não terem como alimentar as crianças, alertaram Aimanon e seus irmãos mais velhos, Claudia de quinze anos e Antron de onze anos, da necessidade urgente de conseguirem um meio de sustento para a família.
Aimanon, sem outra alternativa, tornou-se pescador, auxiliado por Múrcio e Tibério, amigos de seu pai, e principalmente por Menéas, um velho que vivia de pequenos trabalhos manuais, mas que no passado tinha sido um grande pescador. Menéas foi seu amigo e protetor durante grande parte de sua vida. Na verdade, tinha sido um parente muito próximo de Aimanon em três vidas antecedentes a esta. Era conhecido na cidade como Menéas, o adivinho, devido sua habilidade em prever o futuro, na realidade, era um grande médium. Hoje, vive no Brasil, em uma cidade da grande São Paulo.
Sua vida de pescador se inicia sem grandes atropelos, logo já sustentava a todos com os frutos de seu trabalho, o peixe excedente era vendido no mercado de Marcentália, que ficava no centro da cidade, próximo ao porto, e assim, tinha dinheiro para comprar viveres e tudo o mais que sua família necessitava.
Um dia, durante um encontro com seu amigo adivinho, Aimanon foi informado que deveria ser pai de doze crianças, que já aguardavam o momento certo de virem ao mundo. Nosso personagem se surpreendeu com esta revelação, já tinha mais de quinze anos, mas nunca havia pensado em se casar, até aquele dia, afinal as crianças deveriam ter uma mãe. Foi quando pela primeira vez pensou em Suzana com outros olhos. Quando mais novos, eles sempre foram muito amigos, a ponto de primos mais velhos dizerem que um dia se casariam. Mas um simples pensamento sobre este fato já o deixava envergonhado.
Depois de uma longa ausência, finalmente, Nuno, Elias e Percilio, retornam a Constantinopla. Assim que chegou, Adelaide o deixou a par da morte de Simeão e do esforço de Aimanon em cuidar de toda família. Só neste dia, Nuno relembrou a afirmação de Suzana com relação ao seu sobrinho. Sua filha já tinha quinze anos e estava na idade de casar. No fundo desejava um genro mais bem colocado financeira e socialmente, mas acima de tudo amava Suzana e jamais se colocaria contra sua vontade. Aimanon já tinha provado que conseguiria sustentar uma família e para ele isto já bastava.
Conversou com sua esposa, e esta, reiterando o amor que Suzana sentia pelo filho de Linizia, decidiu movimentar-se no sentido de aproximá-los. Primeiro perguntou a sua filha se gostaria de se casar com Aimanon. Ela não se conteve de tão feliz, respondeu que sim, mas temia que ele não a aceitasse. Foi exatamente o contrário, quando Nuno perguntou a Aimanon, se estava disposto a se casar com Suzana, este não acreditou no que ouvia. Já tinha intenção de pedi-la em casamento, mas a insegurança era tanta que só fazia adiar.
E assim o casamento foi realizado sob as bênçãos de toda a família e as doze crianças começaram a nascer. Primeiro Armanide, depois Túlio, Germano, Laila, Rômulo, Ruan, Ligia, Lia, Gison, os gêmeos – Tales e Tiago – e Artur. Após o nascimento de Artur Aimanon viveu mais dois anos até a morte no ano de 502 AC, quando tinha trinta e oito anos de idade.
Este é o resumo sucinto de uma trajetória marcada pela fé em um Grande Deus, em uma época marcada pelo Politeísmo. A interação de espíritos diversos em inúmeros núcleos familiares distintos que com o desenrolar das histórias mostrarão a face oculta da reencarnação, que é aquela que traduz em uma oportunidade de resgatar antigos laços ou quitar débitos angariados em vidas voltadas a ignorância consciencial.
Todos os personagens desta vida se cruzarão inúmeras vezes no futuro, em localidades diversas, em situações sociais diferentes, mas sempre trazendo traços de personalidade e preferências de vidas passadas.  Aimanon e Suzana se reencontraram algumas vezes após esta vida, mas nunca mais como marido e mulher, mas sim como pai e filha, grandes amigos, vizinhos. Muitas vezes, Suzana vivia a vida terrena e Aimanon estava em intervalos de uma e outra vida ou vice-versa. Jamais se separaram, sempre um auxiliando o outro. Os laços constituídos em Constantinopla, onde sempre se completavam, nunca brigaram, se amando profundamente – são eternos, jamais se desfarão. Suzana hoje se encontra vivendo novamente a vida terrena. Aimanon a mais de um século não retorna ao Planeta, mas durante grande parte da vida atual de Suzana, desde seu nascimento até os primeiros anos desta década foi seu mentor, ou seja, amigo e professor.
A reencarnação é isso: LAÇOS ETERNOS. Constituídos com sentimentos nobres ou não. Esta é a Lei mais perfeita que se tem conhecimento e rechaçada pela grande maioria dos seres humanos. É ela que será a responsável por “julgar os vivos e os mortos” como prega as Escrituras Sagradas através dos escritos de João evangelista no apocalipse.”
Leia livro completo “Constantinopla: A Eterna Luz”

(*) Aimanon Constantinus Crione pede a palavra: “A luz da verdade só beneficiará aqueles que se propuseram a rever aquilo que foi aprendido até aqui, a reencarnação é a luz do entendimento, a lei de causa e efeito é a prova concreta que Deus existe. Esta vida só nos foi possível resgatar, porque alguém, gozando a vida terrena se propôs a dedicar os melhores anos de sua vida; quando os filhos já estavam criados, o marido aposentado, os bens conquistados com suor e trabalho proporcionariam a tão merecida independência financeira – A SERVIR A DEUS.  O fato de confiar no que o Alto solicitava e seguir servindo ao Pai, lhe proporcionou a honra de ter suas vidas passadas reveladas. O resumo acima, foi elaborado por meu amigo Frei Fabiano de Cristo, um dos meus filhos em Constantinopla. Caso haja entendimento do que o Pai tão amorosamente nos pediu para transmitir a vocês, haverá a permissão para que um Grande Livro seja publicado no orbe Terrestre. “A Grande Família no Amor” contará a escalada de minha família, em busca de espalhar o AMOR, como Deus nos solicitou, no momento que permitiu que o sopro da vida animasse os corpos de meus filhos. Não será uma obra fruto de interação mediúnica, e sim lembranças de minha querida pupila Elza Horai, a amiga de muitas vidas. Lembranças essas, arquivadas em seu espírito eterno e agora trazidas a luz do entendimento, graças, única e exclusivamente ao seu merecimento. A primeira parte, de um total de treze vidas, cada uma correspondente a uma porção do Livro, está totalmente concluída : “Constantinopla: A Eterna Luz”. São cento e sete páginas de pura emoção. A segunda vida: ”Mykonos: As cavernas acolhem a Família Silva”, está em vias de conclusão. As outras onze vidas, já estão formatadas e logo minha amiga incluirá todos os detalhes, isto, se o Alto não cancelar todo o auxílio vindo das esferas sutis em direção ao Planeta Terra. Quase todos os encarnados  estão sentindo a necessidade premente de direcionar sua vida terrena em direção oposta ao que visualizamos daqui. Esta sensação é o eco dos apelos de espíritos desencarnados, incluindo nosso Irmão Maior – Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem não tem esta sensação, é porque já está a caminho de ser separado como joio no juízo final ou porque a arrogância não o deixa enxergar a fragilidade da vida terrena.”

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