Nada de
Contestar
Criticar
Avaliar…
Nada a dizer!
Em se tratando
Da vida alheia
Ou melhor
De tarefas
Escolhidas
Por outrem
Se aos nossos
Olhos míopes
Não se vê sentido
Nas escolhas
Renitentemente preferidas
É porque
Nosso olhar
É tendencioso
Não leva
Em consideração
O aprendizado
Oculto nas consequências
É claro
Que podemos
Torcer
Desejar
Auxiliar
Mas não podemos
Interferir…
Sob o risco
De atrapalhar
E nos colocar
Como empecilhos
De uma caminhada
Com foco
Em fazer o que não
Foi feito
Em outras estadias
Como aluno aprendiz
Ninguém sabe
A não ser Deus
E o próprio caminhante
Às vezes
Vemos
Pais
Mães
Amigos
Tão certos
Que fazem bem
Em interferir
Que não se
Dão conta
Da extensão
Das consequências
De cada palpite
É claro,
Que ninguém renasceu
Para se drogar
Beber até cair
Roubar
Espezinhar
Detectada
As atitudes
Avessas
Ao bom senso
E ao bem viver
É esperado
Que os amigos
Familiares
Ajudem
Aconselhem
Orientem
Mas nada
De interferir
No livre arbítrio!
Todos renasceram
Com o dom
De escolher livremente
Para onde querem ir
Ser músico
Ao invés de
Ser médico
Ficar solteiro
Ao invés de
Se casar e ter filhos
Ser bailarino
Ao invés de
Atleta
Ser ateu
Ao invés de
Ser Cristão
Descansar
E ver o tempo
Passar
Carregar
As pedras
No lugar
De desviar-se
Cada um
No fundo
Sabe o que
Tem que ser feito
Então,
Silêncio e Respeito!
E se for
Para dizer algo
Que sejam
Sábias palavras
DE AMOR!
Poeta Estelar
by Elza Horai
Exercício Saudável
É bem do homem terreno olhar para o outro e já colocar a mente em alerta para detectar onde pode meter o bedelho, aconselhar, interferir, dizer o que deve ou não ser feito. Na grande maioria das vezes, sem um mínimo de atenção no real desejo do companheiro em questão. Talvez essa conduta absolutamente contra os ensinamentos do Pai, que prioriza respeitar o livre arbítrio de cada um e que se tiver que emitir opinião, que seja com carinho e respeito, possa ser fruto da insatisfação com as próprias escolhas, e, quem sabe, por excesso de zelo.
O que não se pode esquecer é que cada um aprende com seus próprios erros e que os recomeços são tão saudáveis como a primeira tentativa. Tentar poupar é o mesmo que desdenhar a capacidade de seguir em frente, e o que é pior, impedir que lições sejam recebidas.
Agora, falaremos de algo que pode gerar polêmica, pois, de tanto agir de maneira equivocada, acabou-se por acreditar que é o modo correto. Os pais, em primeira instância, são os responsáveis por conduzir os filhos ao longo dos primeiros anos de vida. Alimentá-los, vesti-los, educa-los, ensinar as Leis de Deus, enfim, proteger aquele Ser indefeso que os escolheu como fieis cuidadores. Passado este período, onde cada necessidade deve ser atendida com carinho e amor, entramos em uma fase em que libertar-se, andar com as próprias pernas, pensar por si próprio é o caminho para cumprir as tarefas que os trouxeram para esta jornada terrena. Trabalho pessoal e intransferível, ninguém pode executar por seus filhos. Aí que entra o grande equívoco, os pais, na ânsia de poupar sofrimento, de prosseguir dando e desejando o melhor, acabam por atrapalhar a evolução de um Espírito que está seu filho.
Imaginem um rapaz, aos dezoito anos, chegar para o pai e dizer:
– Vou partir, quero rodar o mundo em busca de ajudar os órfãos de guerras!
O coração do pai já explode em preocupação e começa a buscar alternativas para fazê-lo mudar de ideia, ou quem sabe, responde:
– Filho, se é o que quer, vá!
Em qualquer uma das duas hipóteses, já se tem o parâmetro de como este pai compreende a relação que rege a interação de dois Espíritos que neste momento estão pai e filho. É claro que não é errado se preocupar, isto é da essência dos pais. Mas errado é, oferecer alternativas para mudar o caminho que o filho “sente”, ser o que vai lhe trazer a satisfação do dever cumprido.
Sugerimos um exercício saudável para os pais, os avós, os amigos, que tem dificuldade em se colocar como companheiros de jornada. Diga para si mesmo:
– Eu sei que quem está no comando é Deus!
E deixe seu filho, seu neto, seu amigo… alçar vôos!!
Amigo da Luz
Membro da Plêiade do Amor Universal
by Elza Horai
