Quando éramos crianças
Ouvíamos
Mamãe dizer
Você precisa melhorar
Está muito malcriado
Muito bagunceiro
Muito briguento
E nós ouvíamos
E não entendíamos direito
Afinal
As crianças costumam
Fazer malcriações
E seguir em frente
Com o tempo
O entendimento
Do que é certo
Do que é errado
Vai se solidificando
E… alguns anos depois
Vemos a criança
Que dava tanto motivo
Para levar umas broncas
Se transformando
Em um adulto
Centrado
Correto
Cumpridor de seus deveres
Mas… por outro lado,
É muito comum
Nos depararmos
Com homens terrenos
Que na infância
Na adolescência
Na juventude
Na vida adulta
Comportam-se
Como verdadeiras crianças
Se negam a estudar
Tem horror a trabalhar
Choram pelos cantos
Se qualificam
Como injustiçados
Então, por quê será?
Todos tiveram
Oportunidades idênticas
De aprender o que é certo
Mesmas broncas
Mesmos conselhos
Mesmos castigos
Uns retiveram
O traçado correto
Outros descartaram
Todos os ensinamentos
Ora, depende
Do grau de disposição
De chegar mais cedo
A Casa Encantada
Onde nosso Pai
Nos aguarda de braços abertos!
Poeta Estelar
by Elza Horai
Aprender Ensinando
Já dizia o sábio de outrora que o aprendizado é feito através de ensejos de amor que irrompem as camadas sutis e bombardeiam as mentes dispostas a conciliar as vidas materiais e espirituais. Sendo cada um responsável por suas quedas, não podemos qualificar tropeções como castigos ou algo que o valha, são sim, momentos onde a mente começa a dar créditos a conselhos dados por amigos e familiares, encarnados e desencarnados, como algo que deveria ter sido colocado em evidência.
Mas não é só isso, caso houvesse o bom senso de analisar desafios sob a ótica da ponderação, talvez o lamentar pela derrocada não existisse, se o conhecimento adquirido, através do incentivo do Alto tivesse encontrado sólido acolhimento no espírito aprendiz, separar o que é certo do que é duvidoso, se tornaria uma tarefa fácil e prazerosa, e assim muitas etapas seriam vencidas sem que houvesse a necessidade de acionar um fio de arrependimento ou derramar lágrimas de tristeza.
O observador atento, consegue tirar lições preciosas do enfrentamento de outrem, basta formatar suas próprias conclusões, baseadas em parâmetros adquiridos ao longo de sua trajetória e concluir com seus botões: – Este caminho não é o meu! ou – Eu não faria desta maneira! E assim, o aprendiz relapso, vai recebendo suas notas por tarefas mal feitas, e aprendendo a ser mais eficiente no trato com o conhecimento renovador, ao mesmo tempo que ensina espíritos dispostos a aprender sempre, independente de onde venham os ensinamentos.
Aimanon Constantinus Crione
Membro da Plêiade do Amor Universal
