Porque tanto detalhe?
Pergunta Máriozinho
Para a professora Arlete
Esta olha demoradamente
Para o aluno reclamão
E diz:
O Mapa do Brasil
É o retrato do nosso País
Tem que ser detalhado…
Senão ninguém vai
Descobrir o que
Você está desenhando
E o que é pior
Pode parecer um borrão!
Diálogo singelo
Entre um menino de sete anos
E uma professora dedicada
Desde cedo
Aprendendo a fazer bem feito
Algo deixado em segundo plano
Em muitas empreitadas
Mundo afora…
Um pequeno desenho
É algo singelo
E feito sem muito capricho
Pode até levar
Alguns elogios
De pais, professores, amigos
Que querem incentivar
O “desenhista”
Mas… em se tratando
De prédios
Pontes
Residências
Ciclovias
Fazer mal feito
Pode-se colocar
Em risco muitas vidas
Transformar esposas amorosas
Em viúvas saudosas
Filhos menores
Em órfãos desamparados
Filhos maiores
Em homens raivosos
Como estamos em
Uma época de muitos ajustes
Tudo que foi feito…
Mal feito
Focando objetivos escusos
Está pouco a pouco ruindo
Estradas esburacadas
Casas com rachaduras
Prédios mal construídos
Asfalto de pouca qualidade
Ciclovias belíssimas mas
Sem o aval da preocupação
Com a segurança…
Fazer mal feito
É uma sentença
Que condenará o desleixado
A fazer de novo…
Ou melhor,
Muitas vezes
Não haverá nova oportunidade…
Foi o que aconteceu
Com nosso amigo Felipe
Ele é mecânico
Alardeia para todo mundo
Que, dos bons!!
Um dia,
Recebeu em sua oficina
Uma senhora de meia idade
Reclamando do breque
De seu surrado corcel
Felipe, examinou o defeito
E concluiu:
Dona Tereza, precisamos trocar
As pastilhas do freio
Deixe o carro que amanhã cedo
Tá pronto!!
A senhora pontuou:
Preciso pra hoje!
Se não puder
Levo em outro mecânico
Felipe, dê olho no dinheiro
Que não ganharia
Respondeu:
Pode deixar, venha buscar
No final da tarde!
Com serviço acumulado
Carro pra todo lado
Lá pelas quatro horas
Retirou as rodas do corcel
Trocou as pastilhas do freio
E…
Recolocou os pneus
Mas estava tão afobado
Que esqueceu de apertar
Os parafusos da roda…
Eu sei, que este exemplo
Pode trazer contestações
Foi distração
Foi correria
Foi um acidente
Dona Tereza não morreu
Foi parar no hospital
Quebrou as duas pernas
Fraturou a clavícula
Enfim,
Ficou meses
Sem andar
Dependendo da bondade
De amigos e familiares
Felipe fechou a oficina
Tirou os filhos da escola
Foi embora da cidade
Consequências nefastas
Para um simples esquecimento
De um dia atribulado
Bem, vamos analisar
Com foco na solidariedade e
No Amor ao próximo…
Uma tarefa que envolve
A segurança de outrem
Deve ser realizada
Com atenção redobrada
Concordam?
Uma tarefa que será
Retribuída com um pagamento
Deve focar
A satisfação de quem pagou
Concordam?
Uma tarefa que
Foi atribuída a alguém
Por conta de suas habilidades
Deve fazer jus a confiança
Concordam?
Uma tarefa que
Houve a concordância
De ambos os lados
Com relação ao preço cobrado
Com relação ao tempo de execução
Com relação ao serviço a ser feito
Com relação a qualidade da execução
Deve ser concluído
Levando-se em conta:
TUDO que se propõe a fazer
Se empenha a palavra
Alinha-se a energia com o interlocutor
Quebrando-se este equilíbrio
O que se vê
Não são só situações terrenas
Reclamações
Acidentes
Insatisfação
É muito… muito… mais
O relaxado
É envolvido por energias em desiquilíbrio
Que são capazes de trazer
Consequências inimagináveis
Clientela que some
Vida que toma rumos indesejáveis
Familiares que não se entendem
O Universo cobra!
E caro…
Mais dia, menos dia
Chega a fatura…
Nos dias atuais,
A implosão de atitudes
Sem o aval da qualidade
Estão estourando
Como milho de pipoca
Em panela quente
É só dar uma passada
De olhos nos jornais
Nos noticiários da TV
O tempo de fazer
Mal feito…
Faz parte do passado
Agora que já sabem
As consequências
Prestem muita atenção
Não se dobrem
Ao dinheiro fácil
A economia de tempo
A enganar os mais desavisados
Se mesmo assim…
Ainda existirem
Aqueles que não
Acreditam no
Que foi colocado
Neste texto-poesia
Prossigam
Acompanhando
Os noticiários
E vejam
O que vai acontecer
Com os responsáveis
Por tanta obra
MAL FEITA
A começar
Pelos responsáveis
Pela “construção”
Da caríssima
Ciclovia a Beira Mar!!
Carlos e Poeta Estelar
Vontade de fazer bem feito
O Século passado e o início deste, foram marcados por atitudes que privilegiavam ganhar dinheiro sem trabalhar. Isto já foi abordado em outros textos, mas neste gostaria de complementar com uma colocação contundente: Ninguém tem o direito de condenar alguém a um futuro marcado pelo sofrimento a custas de buscar privilégios para si e seu leque de amigos e familiares. Destrinchando a palavra privilégios, podemos buscar muitas situações que ilustra muito bem o que ela significa. Em primeiro lugar, buscar o poder é o objetivo mais cobiçado, e ele implica em mandar, desmandar, sentir-se acima do bem e do mal. Os homens sedentos de poder ficam cegos, não enxergam que absolutamente todos os filhos de Deus são iguais, nenhum melhor que o outro. Tendo o poder, a mente se confunde, tudo que talvez tenha se aprendido na infância, ou mesmo em outras oportunidades encarnatórias acaba sendo esquecido. Amor ao próximo? Caridade? Solidariedade? Palavras sem acolhimento.
A partir daí, separa-se, aqueles que serão privilegiados, como filhos, cônjuges, parentes próximos, amigos que possam dar sustentação a continuidade do poder, daqueles que arcarão com o ônus da ganância e do verniz barato que esconde atitudes arbitrários em prol de manter o poder e a boa vida dos privilegiados.
Construir uma casa é caríssimo, talvez leve uma vida toda, empenhando grande parte do salário mensal de um trabalhador braçal. Isto, levando-se em conta que o trabalhador é honesto, tem uma família para sustentar, contas para pagar. Inebriado pelo poder, alguém que enxerga apenas cifrões em sua frente, acaba por não se dar conta que a ganância é algo envolto em sentimentos de eterna insatisfação. Uma casa? Duas? Um palacete? Dez carros? Não passa pela cabeça do ganancioso uma pergunta simples: Para quê? Talvez a casinha simples do trabalhador braçal seja o oásis de amor e felicidade que o ganancioso jamais terá o privilégio de vivenciar.
O poder gera a ganância, isto é certo. Agora, ganância desmedida, gera falcatruas de toda ordem que possibilitam atitudes equivocadas que poderão condenar inocentes a uma vida de dor e sacrifício, isto, se a condenação não decretar a morte de pais de família, de crianças inocentes. Imagina-se que Deus esteja à parte, sem interferir nas decisões pessoais dos detentores do poder, acrescento que esta constatação é uma verdade. Deus não interfere, é certo, permite que cada um aja de acordo com sua consciência, levando-se em conta seus anseios pessoais. Em um segundo momento, dependendo do grau de energia sutil que esteja envolvida nas atitudes tomadas, a Lei de Ação e Reação cuida para que o equilíbrio seja retomado, sendo nesta vida ou em outras vidas futuras.
E o que dizer daqueles que pereceram em consequência da ganância desmedida? Cada caso é um caso, alguns, o momento do desencarne não podia ser adiado, filhos, cônjuges, necessitando de liberdade para prosseguir; outros, tarefas acordadas não estavam sendo cumpridas, talvez uma nova oportunidade carregue mais discernimento e foco; outros mais, atitudes carregadas de energias de baixa vibração fez sua parte, no que diz respeito a colocar o encarnado no local errado, no momento errado; poucos são aqueles que desencarnam em consequência de um “acidente” como este que estão trilhando o caminho do amor e da bem-aventurança, neste caso, o chamamento se dá, devido a necessidade de prosseguir a caminhada na luz, vestindo um corpo mais jovem.
Conclusões precipitadas que gerem a absolvição do ganancioso não devem ser tomadas. Ninguém, absolutamente ninguém, pode ser a alavanca do desencarne de um irmão, seja através de um empurrão, seja através de uma ponte que despenca. Vidas e vidas serão necessárias para que o equilíbrio energético seja resgatado. No momento presente, isto significa, recomeçar em um novo Planeta Escola, a Terra só receberá novos moradores que não trouxerem mais nenhum traço de ganância ou sede do poder.
Aimanon