Que Alegria
Ver-se
Rodeado de Luzzz
Gritando
Aos quatro ventos
Que é feliz!
Tentando flutuar
Rumo ao desconhecido
Sem medo
Do que encontrará
Pairando
Sobre o oceano
Vislumbrando
Paisagens estonteantes
Carregando
No coração
A certeza
Que é Deus!
Que benção
Poder acreditar
Que cada um
É seu irmão em essência
Quanta alegria
Em saber
Que o destino final
É magia
Sem rótulos
Sem mágoas
Sem dinheiro
Sem competição
Tudo… tudo…
Equilíbrio
Paz
Reconforto
Nada disso
É sonho
Meus amigos!
Sejamos lúcidos
Pelo menos
Uma vez
Nos curvemos
Diante da grandeza
Do Universo
Que nos acolhe
Com o coração
Cheio de gratidão
O Amor estampado
Na face
Os braços abertos
Prestes
A envolver
O TODO
Neste momento
Sua vibração
Se alinhará
A frequência da Luzz
E o sonho
Virará realidade
Tudo se transformará!!
O Amor pairará
No seu coração
A sincronicidade
Ditará os acontecimentos
E quando
Menos esperar…
Olhará para o Alto
E flutuará
Rumo ao desconhecido
Muito conhecido
Visitado
Inúmeras vezes
Quando a sua mente
Acreditou
Que sua essência
É Energia
E pode tudo!!
Até mesmo
Atravessar a barreira
Que separa
A Terra
Do Infinito Bendito!
Poeta Estelar
by Elza Horai
poesiaeluz.com
Infinito que Acolhe
Sentado na cadeira de balanço, em uma tarde de outono, abrigado do sol pelas telhas da varanda, o velho comendador pensa alto:
-Que céu azul! O que haverá escondido atrás da linha do horizonte?
Um sorriso maroto modela seus lábios e a resposta vem como uma flecha ligeira.
– Só pode ser o lugar para onde eu vou, assim que a doença derrubar meu corpo!
Ao seu lado, o mentor Teodoro complementa.
– Mas por que esperar tanto, se pode fechar os olhos e se transportar até lá?
Soltando um alto pigarro, o comendador se sentiu, de repente, muito desconfortável, estava sozinho e teve a nítida impressão que alguém disse algo baixinho em seus ouvidos.
Vociferou bem irritado:
– Quem quer que seja, apareça!! Você está atrapalhando meus pensamentos!
O paciente mentor, já acostumado com os achaques de ira do combalido senhor, repetiu pausadamente.
– Vamos lá, feche os olhos, se concentre, você não quer saber o que tem neste lugar que você chama de infinito?
Desta vez o comendador entendeu o recado, mas mesmo assim colocou seu mau humor adiante da gentileza, disse:
– Não sei quem você é, e nem quero saber, só vou fazer o que me disse porque se por acaso eu descobrir para onde irei depois que esta malfadada doença me vencer, já vou saber se preciso levar alguma coisa…
E sem dizer mais nada, fechou os olhos, respirou fundo e aguardou…. aguardou…. e absolutamente nada aconteceu, só que passados uns dez minutos, caiu em um sono profundo, dormiu até o final da tarde. Quando acordou, sentiu a cabeça meio atrapalhada, o suor cobrindo todo o corpo, o coração acelerado.
Começou a gritar compulsivamente.
– Chegou a hora, a batalha acabou, estou indo…
Foi uma correria só, os filhos acudindo, as noras aplaudindo, os netos indiferentes. E o mentor Teodoro achando graça de tudo aquilo.
Chegou o Doutor que afirmou taxativo.
– Comendador, o Senhor está ótimo, a doença regrediu!
Surpresa geral.
– O que pode ter acontecido? Perguntou Antônio, filho mais velho.
– O mês passado ele estava com o pé na cova, e hoje, depois dessa presepada toda, está ótimo! Completou João, o filho do meio.
– Não estou entendendo mais nada!
José, o filho caçula, tentando esclarecer aos irmãos, retrucou:
– Papai é forte como um touro, eu tinha certeza que um tumorzinho não ia tirar-lhe a vida.
Nestas alturas, o médico já tinha se retirado e o comendador nem ouvia os comentários dos filhos, tão absorto em suas reflexões, pensava:
– Só pode ter sido aquele lugar, eu não me lembro de nada, mas acho que lá é um hospital.
Desta vez, o mentor Teodoro se fez visível para o comendador, que levou um baita susto, começou a gritar.
– Quem é você? O que quer comigo?
Na ausência de qualquer estranho, os filhos acharam que o pai havia surtado, afinal, a quem ele se referia?
Com a calma típica dos espíritos evoluídos, mentor Teodoro disse apenas:
– Sou seu mentor, eu quero apenas conversar com você.
– Então desembucha! Rosnou o comendador.
Após um longo minuto, o mentor disse:
– Sua vida terrena continua porque ainda precisa aprender a servir.
– Como assim? Servir a quem? Perguntou esbaforido o ex-doente.
– Ora, servir a sua família, agora não tem mais desculpa.
Muito contrariado, o comendador despejou:
– Como assim? Meus filhos são uns inúteis, minhas noras aproveitadoras, meus netos estão em outro planeta, só pensam em se divertir. Tenho certeza que está enganado!
– Não há nenhum engano, reafirmou o mentor.
– O senhor não vai morrer tão já porque todos precisam do senhor para aprenderem a amar.
Neste momento, o filho mais velho interferiu, dizendo com todas as letras.
– Papai, para com isso, senão vamos te internar em um manicômio.
O comendador meio atordoado, levantou-se da cama, olhou firmemente para cada filho, cada nora, cada neto. Disse calmamente.
– Não, enquanto não aprenderem a me amar, depois façam o que quiserem.
Moral da história: Deus sempre dá um jeito quando o assunto é AMOR.
Amigo da Luz
Membro da Plêiade do Amor Universal
by Elza Horai
