Vamos ver…
Cantar ou declamar?
Acho que declamarei
Afinal minha voz
Nunca foi
Lá estas coisas…
Empostar a voz
Soltar o corpo
Lubrificar os ombros
Decorar o texto…
É comigo mesmo!
Vamos lá,
Faz de conta
Que vocês estão aqui
…no Astral
Em um belo auditório…
Circular como a lua
O palco fica no centro,
Um tamborete mais alto
Onde cabe folgado
Duas pessoas magrinhas
Mas hoje,
Serei apenas eu…
Espiei pelo cantinho
Da porta de entrada
Além de vocês,
Muitos amigos daqui
Ocupam todos os lugares
É gente pra todo lado
Na frente
Atrás
Dos lados…
Minhas mãos
Já estão suando
Meu coração
Disparando
Mas prometi
A mim mesmo
Vou encarar!!
O Mestre de Cerimônias,
Meu amigo Carlos
Anunciou:
Agora vamos ouvir…
POETA ESTELAR
Declamando a Poesia
De sua autoria:
“Amor singelo Amor”
Meu Deus!
Lá vou eu…
Vocês viram?
Tropecei no tamborete
Quase cai de quatro
Me aplumei rapidamente
Que susto!!
Agora sim,
Firme como uma estaca
Noossaa!!
Seu Joca da venda veio
Dona Tereza também
Maricota, a viúva
De Seu Nerso taí…
Que responsabilidade!!
Tantos Amigos…
Respiro fundo
Fecho os olhos
Escolho o timbre perfeito
E… começo…
“ Amor!
Há! O Amor…
Quantas vezes
Sentimos
O coração palpitar
As mãos tremerem…
Será o Amor?
Não! Não é!
Amor é leveza
Nada de palpitação
Nada de tremedeira
O máximo
Que se sente
É o corpo
Parecer que vai flutuar…”
Epa!!
Quanto zum…zum…zum…
Será que não estão gostando?
Vou abrir um olho só
Pra ver o que está acontecendo
Meu Deus!
Tá todo mundo saindo!
Bem, o jeito
É abrir o outro olho
E perguntar pro meu parceiro:
O que deu no povo?
Ora, Poeta, ainda pergunta?
Respondeu Carlos
Meio bravinho
Que Poesia mais tosca?
Imaginei um milhão de motivos
Menos este…
Minha Poesia é linda
Não tem nada de tosca
Vocês é que são muito exigentes!
Acho que vou pra casa
Chega de declamar!
Confesso que fiquei chateado
É certo que minhas Poesias
São… digamos…
Objetivas e pouco floreadas
Mas me deixar falando sozinho…
É demais…
Toc…toc…toc…
Tem alguém batendo
Se pudesse não abria
Ainda não me recuperei…
Mas… fazer o quê?
Quanta gente??
O que vocês querem?
Falar com você
Adiantou-se Dona Tereza
Será que quero ouvir?
Bem, sou um Espírito
Prestes a me formar
Não posso ser arrogante…
Entrem, sou todo ouvidos!
Poeta, pedimos perdão…
Sabemos que você
Tem as melhores
Intenções com seus
“Chacoalhos de Amor”
Mas ainda estamos
Aprendendo…
E preferimos Poesias
A nível de Vinicius de Moraes
Carlos Drumond de Andrade
Hummm… eu perdoo!!
Mas preciso explicar
Uma coisa:
Vocês sabiam que
Não sou Poeta coisa nenhuma?
Sou é igual a vocês
Não sei fazer rima
Não me preocupo com métrica
Ou será tréplica?
Não sei…
Nem ao menos
Distinguir um verso
De uma estrofe
Mas eu sei exatamente
O que é o Amor!
É cuidar do outro
É desejar o melhor
É alertar quando tropeça
É sofrer ao seu lado
É… ouvir
E ler as Poesias
Até o final…
Quem sabe é na última linha
Que tudo vai fazer sentido?
Afinal, perdi um tempo danado…
Por Amor…
E gostaria de reafirmar
O mais importante
É o contexto…
Não o texto…
Todas, todas as Poesias
São personificações
Do Amor…
Plaft… plaft… plaft…
Noossa!!
Vocês estão me aplaudindo?
Ora!! Vão todos pra casa!!
Acho que vou dormir…
Ou melhor, preciso melhorar…
OBRIGADO AMIGOS!!
Agradeço os Aplausos!!
Poeta Estelar
Ler nas Entrelinhas
Milhares de textos estão à disposição dos homens terrenos, é só ter vontade de buscar o que se quer saber. Às vezes, apenas uma leitura não é capaz de elucidar o que o autor quis dizer, talvez se faça necessário o auxílio de um professor ou de alguém que já conheça o assunto e consiga esclarecer os pontos nebulosos. Neste momento da evolução, onde a informação se faz totalmente aberta e gratuita, os leitores gozam de uma facilidade nunca antes vivenciada, ou seja, não entendeu, aperta-se um, dois, três botões e tudo se faz claro. Dispensando, em alguns casos, intermediários mais capacitados no assunto.
Ao longo deste novo Século, ou melhor milênio, que mal se iniciou, tudo que antes se qualificava como muito difícil, ou mesmo, impossível, se revela capaz de atingir cada encarnado, em especial aqueles que sempre duvidaram da interação entre os Céus e a Terra. O Pai está e sempre esteve atento à evolução do Planeta, todas as revelações foram chegando no momento certo, da maneira mais trivial possível, a ponto, de alguns considerarem como crendices ou mesmo mentiras de quem não tem o que fazer. Podemos citar as aparições de Nossa Senhora em vários países, que deram incremento à fé daqueles que ao longo da evolução tiraram as vendas da arrogância e colocaram suas vidas nas mãos de um a Pai sereno e amoroso.
A página do amadurecimento está prestes a ser virada para dar lugar a um novo texto onde o aprendizado se faz sobrepor à preguiça de não querer ler com os olhos de quem quer entender. A Poesia “Lindeza à Parte” é uma crua reflexão que leva a conclusão óbvia: as aparências são meros ornamentos que não levam a lugar nenhum. Em se tratando de conhecimento levado através de textos é necessário se fazer ciente da intenção do autor, o que realmente se quer traduzir em palavras, e se algo soar como importante para o crescimento do espírito eterno, digerir lentamente, ao mesmo tempo que se assimila aquela porção de sabedoria, às vezes, capaz de significar a diferença entre um espírito que vibra pesadamente, de outro que vibra sutilmente.
Prestem muita atenção aos sinais que chegam até vocês a todo momento. Não há como alegar ignorância com relação a necessidade premente de alinhar pensamentos, sentimentos, atitudes, com vibrações etéreas do Amor Universal. O Poeta Estelar foi recrutado pelo Alto para transmitir a todos aqueles que desejam realmente um Novo Planeta para as gerações vindouras, o que deve ser considerado neste momento atual, tudo muito leve e sereno, sem castigos nem imposições. Outros espíritos de alta hierarquia estão trabalhando, usando outras ferramentas, mas sempre com o mesmo objetivo, semear o Amor nas atitudes, plantar a benevolência e o respeito ao próximo, fazer brotar um novo conceito de vida – a vida eterna – bela e simples.
Aimanon