Um Amigo
Disse para o outro
Sabe que dia
É hoje?
O rapaz
Parou
Pensou
Sussurrou
Dezenove de Abril…
Ergueu a cabeça
Olhou nos olhos
Do Amigo
Exclamou
Dia do Índio?
Os dois
Carregando
Um sorriso encantador
Repetiram juntos
Sim! Dia do Índio!
No mesmo
Momento
Sentiram
Um enlevo
Que não sabiam
De onde vinha
Um deles
Começou a perceber
Que o ambiente mudava
Do banco
Em frente ao Colégio
Da grande cidade
No interior de São Paulo
Começou
A visualizar
Uma floresta
Um caminho rústico
Entre árvores
E um indiozinho
Com o rosto pintado
Tanguinha de penas
Corria em busca
De encurralar
Uma tartaruga
O outro Amigo
Por sua vez
Começou a sentir
O calor do sol
Muito mais intenso
E o aroma
De terra molhada
Passado
Um curto momento
Os dois RETORNARAM
E não esperaram
Para dizer
O que vivenciaram
Um
Contou para o outro
O que tinha acontecido
A conclusão
Que chegaram
Foi COINCIDÊNCIA
Porque tínhamos acabado
De comentar
Que hoje
É o dia do Índio
E a vida prossegue
Passados
Muitos anos…
Um se tornou
Médico
Que atua
Socorrendo
Os Povos Indígenas
O outro
Advogado
Que busca na Lei
Devolver aos Índios
As terras
Que por direito
Lhes pertence
O episódio
Daquele dia 19 de abril
Quando tinham
Quinze anos
Foi totalmente
Esquecido
O tempo passou…
Mas por que será
Que os dois
Por caminhos diferente
Se tornaram
DEFENSORES
Da Causa Indígena?
Ora, a resposta
É clara e simples
Porque os dois
Já viveram
Em uma Aldeia
E naquela época
Já eram Amigos!
Não foi por acaso
Que a vida
Os costumes
As lutas Indígenas
Sempre vibraram
Na essência
De ambos
E lembrar do Dia do Índio
Poucos lembram…
A não ser
Aqueles que
Já se aconchegaram
Nos braços
Deste bravos
E autênticos Brasileiros
E aos leitores
Insistimos
Antes de
Balançar a cabeça
Negando
A Reencarnação
Reflitam
Sobre seus gostos
Suas escolhas
Onde
Seu coração
Bate mais forte
E você sente
Um imã te atraindo
Sem pedir licença
Quem sabe
Com isso
Você já comece
A rever crenças
E aceitar
Que a perfeição
De seu Pai
Se estende a te dar
Tantas oportunidades
Quanto precise
Para um dia
Encerrar
A trajetória
Neste Planeta Escola
E partir
Para mundos FELIZES
E VIVA NOSSOS IRMÃOS!
Os verdadeiros guardiões
Desta Terra Abençoada!
Poeta Estelar
By Elza Horai
“Quantas situações ocorrem onde a mente faz um grande esforço para compreender e dar uma resposta condizente com as crenças que o indivíduo cultivou e cuidou por vidas? Normalmente o caminho é sempre o mais agradável e conhecido. Nada que possa trazer questionamentos, medo, insegurança – é considerado. E isto vem de encontro com a facilidade que o homem terreno tem de acolher a cegueira e se sentir imobilizado quando há necessidade de saber mais, de buscar mais. Mesmo que este seja o único caminho a percorrer quando se deseja com todas as forças compreender o porquê de tantos acontecimentos sem respaldo crível com o que já se acredita.
A reencarnação é algo que se encaixa perfeitamente nesta colocação. Adora pescar? Ora, é porque o avô era pescador! Mas se houvesse amplidão de visão a conclusão poderia ser bem diferente. Talvez trouxesse um entendimento maior que absolutamente nada é por acaso, nem a hereditariedade é a resposta para todas as perguntas, ou melhor, quase nenhuma. Seria interessante que todos tivessem um pouquinho de curiosidade à respeito do próprio caminhar. Facilmente descobririam que as escolhas é que determinam o destino. E não me refiro a escolher encostar-se para não trabalhar e acabar sem ter o que comer.
O momento da escolha remonta a tempos antes do nascimento, não saber disso, implica em viver culpando este ou aquele… isto ou aquilo. A responsabilidade é pessoal e intransferível.”
Imagem de apresentação do post “Dia Especial” de Anke Sundermeier from Pixabay