Olhando
Pelo ângulo
Terreno
Somos todos
Reles mortais
É certo
Que eu não!
Mas podemos supor
Que eu já
Me senti como…
Inúmeras vezes
Uma vez
Lá pelos idos
Do Século XVI
Eu era
Um português
Sem travas
Na língua
Dizia e Desdizia
Como se fosse
Dono da verdade
Minhas filhas
Coitadas
Morriam de vergonha
De mim
Minha esposa
Uma santa
Concordava com tudo
Que eu dizia
Um belo dia
A trava que prendia
O alçapão do sótão
Se soltou
E eu,
Passava bem debaixo
Quando aquela peça
De madeira maciça…
Pimba!!
Caiu na minha cabeça
Fiquei
Tonto
Zonzo
Sem rumo
Respirei fundo
Me recompus
Fiquei em pé
Epa!!
Porque tanta
Gritaria?
Se eu estava ali
De pé e vivo?
Minha esposa
Se aproximou
Passou direto!
Nem me olhou
Como assim?
Ela tinha
Obrigação
De me ver!
Minha filha
Mais velha
Disse apenas:
Papai morreu!
Como assim??
Eu me vejo
Sinto meu coração
Bater acelerado
E estou morto?
Tem algo errado!
Pelo sim!
Pelo não!
Vou fazer
Uma oração
É certo
Que pela
Primeira vez
Na vida!
Mas a causa
É justa
Questão de vida
Ou morte!
PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU,
SANTIFICADO…
Noossa!
Eu ouvi direito?
Minha esposa disse:
Já vai tarde!
…SIM!!
E quem disse SIM!!
APAREÇA!!
Você???
Um Anjo!!
Não vai me dizer
Que veio
Me buscar?
… SIM!!
Então
Eu morri mesmo?
…SIM!!
E você?
Só diz SIM?
NÃO!!
Eu vim te dizer
Que você
Não é mais
Um reles mortal
É agora
Um Espírito liberto
Dono de seu nariz!
E me diga!
Quer ir comigo
Ou vai ficar
Por aí…
Sem rumo
É claro
Que eu vou
Com você!
Alma penada!
Credo em cruz!!
Bem…
Mas para ir comigo
Precisa primeiro
Se despedir
Dos seus
Como assim?
Despedir!
Se ninguém me vê
Se aproxime
De cada um
E se despeça
Mas não
Se esqueça
De pedir perdão
Para sua esposa
Mas…
Pedir perdão
De quê?
Ela não fez
Nada mais
Que sua obrigação:
Me servir!
Ainda mais agora
Que ela disse:
Já vai tarde!
Estou magoado!
MEU DEUS!!
Cadê o Anjo??
Sumiu!!
Bem,
Este é um pequeno
Resumo
De uma
De minhas vidas
Depois disso
Fiquei muito tempo
Vagando
Sem rumo
Até compreender
Que não somos
Reles mortais
Somos SIM
Espíritos criados
A imagem
E semelhança
De seu Pai
Puros
Eternos
Perfeitos
E enquanto
Não compreendermos isso
Teremos que nos vestir
De reles mortais
Mas isso
Temporariamente
E quantas vezes
Forem necessárias
Até aprendermos
A Amar
A valorizar o outro
A pesar as palavras
A abandonar a arrogância
A agradecer aos Anjos
A unir e a sorrir
O SORRISO DA BENEVOLÊNCIA!
Poeta Estelar
By Elza Horai
“Luz que se apaga. Mente confusa. A vibração não deixa duvidar. O corpo de foi…
Um vendaval de suposições: Mas o coração bate! Os olhos enxergam! As mãos procuram!
Só estas afirmações são suficientes para que os mais curiosos busquem confirmar… e confirmarão!!
Os menos curiosos, talvez, tenham alguma curiosidade… mas se não se movimentarem para compreenderem os mistérios da VIDA e da MORTE… levarão um grande susto quando a Luz da vida terrena se apagar.”
