O rapaz alegre
Passou uma vida
Sem grandes tropeços
Casou-se
Criou três filhos
Maravilhosos
Saudou o Senhor
Através de atitudes
Corretas e corajosas
Trabalhou até o sol raiar
Para pagar as contas
E dar conforto
Aos seus
Filho sereno
Obediente
Respeitoso
Nada temos a dizer
Com relação
A tarefas não cumpridas
Fez tudo
O que se comprometeu
No dia
Que escolheu seus
Novos pais
Aliás,
Velhos conhecidos
Do País do sol nascente
O pai era seu filho
A mãe sua irmã
Vida compartilhada
Novamente
Devido a laços de amor
Sempre melhorado
Mas com certeza
Faltou algo
Para que
No raiar da
Maturidade
Seu corpo
Respondesse
Com acordes
Desafinados
O que será?
Ouço minha
Amiga perguntar
Afinal, ele é
Sereno e tranquilo
Nada de stress
Ou sentimentos
Sabidamente
Desastrados
Será a bebidinha,
Nos finais de semana?
Será o cigarro,
Velho companheiro?
Bem, não é…
Nada disso!
Nem azar
Nem genético
Nem pagamento
De velhas pendências
Garanto que o motivo
É algo
Muito menos óbvio
Como já disse
Cumpriu todas
As tarefas terrenas
É certo,
Que ainda tem filhos
Jovens e dependentes
Mas isto é questão
De poucos anos
Logo, eles também
Alçarão voo
Como o filho mais velho
E agora?
No momento
De gozar
O premio
Por esta vida
Tão correta
O corpo reclama
Desta maneira?
A revelação
A seguir
É algo surpreendente
Mas também
Maravilhosa:
Pegar um lápis
Uma folha de papel
Desenhar traços perfeitos
Sem ao menos
Ter estudado
Em uma escola
Destinada a
Formar artistas
É um “dom” Divino
Daqueles que
Só os merecedores
São premiados
É claro que
Você pode utilizá-lo
Para garantir
O pão de cada dia
Afinal,
Seu “presente”
É só seu
Sendo assim,
Tem a liberdade
De utilizá-lo
Como bem lhe
Aprouver
Ocorre,
Que por traz
Deste dom
Existem
Muitos Espíritos
Que se revezam
Para dar inspiração
Chega um dia,
Que é tanta
Canalização de energia
Que o corpo físico
Reclama
E o que fazer?
Estão todos perguntando…
Eu respondo
Com a experiência
De quem já sofreu
Do mesmo mal
Pelo mesmo
Motivo…
Gaste a energia
Excedente:
Pinte painéis
E doe
Para um orfanato
Desenhe
Bichinhos singelos
Monte um livrinho
Ofereça as crianças
Com pais vivos
Mais ausentes
Vá aos correios
Pegue cartinhas
De meninos solitários
Desenhe anjinhos
O céu com muitas
Estrelinhas
Eu te garanto,
Que os amigos do Alto
Que sempre te auxiliaram
Ficarão felicíssimos
Pois hoje,
Carregam o fardo
De te ver
Cantando
Sem acompanhamento
Quando toda a energia
Que você
Merecidamente recebe
Se equilibrar…
Te garanto,
Seu corpo responderá
Te dizendo:
Muito Obrigado!
Poeta Estelar
Presente de Amigos do Alto para Decio Chiba. Poesia e texto recebidos por sua prima Elza Horai. Enviados através dos grávitons que permeiam todo o Universo e se ligam ao pensamento.
Com a palavra o Poeta Estelar:
“ Um presente desta categoria só nos é permitido enviar quando o destinatário faz por merecer. Neste caso, nosso amigo Decio, a muito tem merecimento para recebê-lo. A angustia de ver seu corpo errar o comando no momento de ordenar a multiplicação celular, é algo, que qualquer um tem pavor sequer em imaginar. Mas porque esta singela Poesia chegou às suas mãos exatamente neste momento? Será para lhe dar consolo? Será para ajudá-lo a enfrentar um tratamento tão difícil? Será que seu estado é muito grave e irreversível?
Chegou neste momento, porque todos os justos estão sendo convocados para auxiliar os irmãos mais atrasados a caminharem lado a lado. É estranho legar mais trabalho a quem está tentando superar um momento que trás tanta fraqueza corporal. Concordo em parte, o Espírito de nosso amigo é uma fortaleza, tanto é, que publicou em rede social detalhes do mal que o acomete, para auxiliar aqueles que enfrentam as mesmas dificuldades e quando nossa amiga Elza lhe entregou o presente, ele disse com todas as letras : Pode publicar no blog e coloque o meu nome completo – Decio é sem acento – muitos podem se beneficiar com o conteúdo da minha Poesia. É ou não é merecedor? Vai ou não vai ser um trabalhador justo e empenhado?”