Compartilhar esta poesia aqui foi um pedido especial do Poeta Estelar. Ele me disse que quem ler e entender o quando de “verdade” ela carrega já está pronto para adentrar na Nova Era.
A Medalha de Nossa Senhora
A vida se esvai
O câncer
Se apodera
Rapidamente
De cada célula
Do jovem e belo
Corpo
Nenhum lamento
Se ouve
Partindo
Dos lábios
Ressecados
Pelas drogas
Injetadas
Em busca
Da cura
Impossível
Naquele dia
Deitada na cama
Cansada
Enjoada
Atordoada
Por mais
Um jato
Do veneno
Incapaz
De trazer
Equilíbrio
A multiplicação
Das células
Que obedecem
Um só comando:
A vontade de Deus!
Olhou para porta
E sorriu…
Sorrateiramente,
A irmã mais velha
Entra no quarto
Pé ante pé
Temendo
Incomodar
O sorriso
Se expande
Os braços
Buscam
O aconchego
Tão conhecido
Pede que a irmã
Acenda a luz
E se sente
Ao seu lado
Como
Nos velhos tempos
Quando dividiam
Uma cama
Apenas
As duas irmãs
Se abraçam
Emocionadas
Mas logo
Se recompõem
Afinal,
As irmãs
Jamais
Choraram juntas
Lamentaram juntas
Reclamaram juntas
Pela doença
Incauta
E não seria
Desta vez…
A irmã mais jovem
Segurou uma medalha
Que trazia
Pendurada
No pescoço
Pediu
Que a irmã
Nove anos mais velha
Observasse bem
Era quadrada
Emoldurada
Por pedrinhas
Brilhantes
Presente
De uma amiga
Que trouxera
Da França
A irmã mais velha
Pegou a medalha
Olhou… Olhou… Olhou…
Respondeu
É linda!
E a resposta
Da irmã caçula…
Só isso?
A mana
Confusa
Respondeu
Rapidamente
Não!!
É linda porque
É uma imagem
De Nossa Senhora!
A garota
Que breve
Partiria
Insistiu:
Olha bem,
O que mais
Você está
Vendo?
A irmã amiga
Olhou novamente
Disparou:
Nada além
Da imagem
Do rosto
De Nossa Senhora!
Uma só?
Foi a nova
E enigmática
Pergunta…
A irmã mais velha
Olhou
Novamente
Para a medalha
Piscou
Algumas vezes
Dizendo:
É claro,
Que é uma só
Nossa Senhora!
Pois eu vejo
Muitas… muitas… e muitas
Falou serenamente
A menina lutadora
Uma interrogação
Invadiu
A mente
Da irmã mentora
Como assim?
Perguntou incisiva!
Eu olho
Para a imagem
De Nossa Senhora
E muitos rostos
Aparecem
Sequencialmente
Como um filme antigo
Vão se modificando
A medida
Que fixo o olhar
Nossa Senhora negra
Nossa Senhora oriental
Nossa Senhora enfermeira
Nossa Senhora pastora
Muitas… Muitas… Muitas…
Novamente,
Como não entendendo
A irmã carinhosa
Pegou a medalha
Por um longo minuto
Olhou… Olhou… Olhou…
E reafirmou
Não vejo nada!
Assunto encerrado…
Poucos dias depois
A jovem de fibra
Que jamais
Lamentou
Ter sido escolhida
Para carregar
Fardo tão pesado
Desencarnou
Muito lamento
Ouvimos daqui
Em especial
Dos dois filhos
Mais novos
A irmã mais velha
Permaneceu
Impassível
No fundo
Sabia
Que motivo havia
Para um destino
Tão cruel
Bem,
E a medalhinha
De Nossa Senhora?
Por um “descuido”
De alguém insensível
Foi parar no lixo…
Entre este momento
E aquele,
O qual a mãe
Que perdeu
A filha caçula
Estendeu o braço
E recebeu
A medalha
De Nossa Senhora
Na palma de sua mão
Muita coisa
Aconteceu
No Plano Espiritual
O Novo Lar
De nossa Amiga Mônica!
Revelaremos agora
Este mistério
Que correu
A boca pequena
Entre familiares
E amigos…
Mônica Amélia
Partiu
Porque tinha
Uma bela missão
A ser realizada
Ao lado
Da mãe de
Nosso Senhor
A Virgem abençoada
Que é venerada
Vestindo
Muitas feições
Muitos ornamentos
Mas que na verdade
É uma só:
“Maria Imaculada!”
Mas porque
Esta revelação
No dia que
Se fecha
Os oito anos
Terrenos
Do desencarne
Da Menina Corajosa?
Porque muitos
Amigos
Familiares
Colegas de trabalho
De nossa menina
Ainda precisam
De provas
Que Deus existe!
E que a comunicação
Entre vivos e mortos
É algo natural
E absolutamente real
No momento
Que a medalha
Das muitas
Nossas Senhoras
Foi entregue
Nas mãos
Da Mãe maravilhosa
“Que ama a todos do mesmo jeito”
Mônica despertou…
Abriu os olhos
E viu Aimanon
O grande amigo
De Constantinopla
Sorriu
Disse emocionada:
Obrigada
Por me receber
Aqui no céu!
Neste momento!
Um imenso
Clarão…
Nossa Senhora
Aparece
Resplandecendo
Amor e Solitude
A menina se assusta
E foi Aimanon
Que explicou:
Laila,
Você se lembra
Da medalha
Que quando
Você olhava
Muitos rostos
De Nossa Senhora
Se sobrepunham?
É claro que sim!
Então vá com ela
Muito trabalho
Ela vai
Te dar…
As meninas
Chinesas
Abandonadas
À mingua
Precisam
De muitos
Amigos como você
Para prosseguirem
Evoluindo…
Prova??
Uma jovem
Dopada
De tanto veneno
Bem podia estar
Delirando!!
Não!!
Todos sabem
Que não!!
Ela estava
Lúcida
Serena
Certa do que via
E dizia…
Dez dias
Se passaram
Entre a medalha
Ser jogada no lixo
E ser entregue
A mãe que ama
A todos do
Mesmo jeito
Tempo suficiente
Para que
Todos os mentores
Dos encarnados
Que lamentavam
A morte
De nossa Amiga
Tirassem
Suas conclusões
A respeito
Do que realmente
Ia na mente
De cada um
Para que isso?
Porque Nossa Senhora
Queria saber
Quem realmente
Amava nossa menina
Pois seriam estes
Que a auxiliariam
Na nova vida
Cederiam energia
Para que
As novas tarefas
Fossem executadas…
Dez Dias!!
E a medalha vibrou
No pequeno apartamento
Já alvo
Da ganância
De muitos…
Não havia
Nenhum local
Ressonante
Com
A energia de Amor
Que
O pequeno objeto
Emitia…
Apenas o recipiente
Onde o lixo
Era descartado
Não estava
Contaminado
Com tanta
Ganância
Afinal,
O cesto de lixo
Ninguém queria…
Nos últimos meses
De sua vida terrena
Mônica
Esmerou-se
Em preparar
O apartamento
Onde conviveu
Muitos anos
Com três espíritos
Caminhando
Para evolução
Inspirada
Por Nossa Senhora
Investiu…
Dinheiro
O escasso tempo
Que lhe restava
Muito carinho
Muito amor
Reformou
Cada cantinho…
Cortinas novas
Cozinha nova
Piso novo
Banheiro novo
Tudo em vão?
Afinal
Ela sabia
Que lá não
Mais viveria…
Não!!
Caminhar
Para evolução
Significa:
“Oportunidades”
Se assim
Não fosse…
Como utilizar
O livre arbítrio
Para decidir?
Como prosseguir
Em crescimento….
E esta
Foi a derradeira
Oportunidade
Que nossa menina
Ofereceu
Aos três Espíritos
Escolhidos
Para serem
Cuidados
Amados
Protegidos
Por ela
Nesta vida!
Independente
Do bem material
Lá ficou
As energias sutis
Pinceladas
Com o Amor
De Mônica Amélia
Presente de Luz!
Que se apagou
Quando
A medalha
Das muitas faces
Aconchegou-se
No lixo…
Por força
De um flash
De Amor…
Um dos Espíritos
Que conviveu
Com nossa menina
No pequeno apartamento
De onde se avista
As torres da Igreja
Onde
Nossa Senhora
Com a mão esquerda
No ventre avolumado
Saúda
Os espíritos
Cujo Amor
Lhes deu
A oportunidade
De Renascer…
Pegou-a
E não suportando
Tanta vibração
Destoante
Depositou-a
Nas mãos
Da mãe
Que nunca sofreu
Pois sempre soube
Que Deus
Faz tudo certo!!
Hoje,
A medalha vibra
Ao lado
Das muitas
Nossas Senhoras,
De Guadalupe
De Fátima
De Lurdes…
Em uma
Capela Singela
Onde as crianças
Correm
Para saudá-las!!
Imagens??
Não!!
Para aqueles
Que enxergam
O Amor
Enviado do Alto
Embrulhado
Em papel
De Luz!!
Aimanon e Poeta Estelar
PS: Esta Poesia está no blog Poesia e Luz, para quem entendeu e gostaria de ler o texto “Arrogância sem Fim” que está publicado no mesmo post e complementa a poesia, acessem o link https://poesiaeluz.com/2016/06/13/a-medalha-de-nossa-senhora/